RESUMO DE GEOGRAFIA- EXPEDIÇÃO 2: PERCURSO 6

Agora, iniciaremos o percurso 6, falando sobre migração, que é o deslocamento de indivíduos de uma região para outra ou de um país para outro, contendo mudança permanente de residência. Quando elas ocorrem no interior de um país, recebem o nome de migrações internas ou nacionais. Quando ocorrem entre países, recebem o nome de migrações externas ou internacionais.

Geralmente, as migrações ocorrem devido a fatores econômicos. Podemos explicar isso com o exemplo a seguir: suponha que em uma localidade, sub-região ou região há dificuldade de se conseguir emprego e de a população possuir condições mínimas de sobrevivência. Provavelmente, pessoas e famílias mudarão para outras regiões em busca de melhores condições de vida, ou seja, melhor acesso à alimentação, à habitação, ao vestuário, à saúde, à educação, ao lazer etc.

Agora que entenderam, vamos continuar... Podemos afirmar que identificar os motivos que levam as pessoas a migrar torna possível compreender a influência de fatores econômicos ou sociais sobre a distribuição da população em um território. Podemos explicar isso com as migrações internas no Brasil.

De 1950 a 1970, por exemplo, a Grande Região Nordeste do Brasil tornou-se a principal Grande Região de repulsão ou de saída de migrantes, devido à baixa oferta de empregos, ao baixo rendimento da população, às secas no Sertão, etc. A industrialização da Região Sudeste, principalmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como também a construção de Brasília, na Região Centro-Oeste, atraiu muitos migrantes. Por essas razões, essas duas Grandes Regiões tornaram-se áreas de atração de população nesse período.

Outra forma de estudar as migrações internas é considerar o saldo migratório, ou seja, a diferença, em determinado período, entre a quantidade de entrada e a de saída de migrantes de uma localidade ou região para outras. Dentre eles, existem os saldos migratórios positivos e os negativos. Positivos quando a quantidade de migrantes que entra em determinada unidade da federação ou região é maior do que a quantidade que sai dela. Negativos quando a saída de migrantes é maior que a entrada.

Outro aspecto é o êxodo rural (principal movimento populacional interno do Brasil. Em 1950, de cada 100 habitantes, cerca de 64 moravam no campo, formando a população rural; 36 viviam nas cidades e compunham a população urbana. O ritmo acelerado da industrialização brasileira, somado aos problemas no campo, permitiu a migração de pessoas para regiões urbanas, fazendo com que a população urbana aumentasse cada vez mais.

Ademais, existem também os deslocamentos temporários de população, no caso as migrações temporárias, que se caracterizam pelo deslocamento de indivíduos para localidades onde há trabalho durante tempo determinado e que retornam para o lugar de origem depois de concluírem a tarefa. Outra forma de deslocamento temporário é a migração pendular, que é o deslocamento populacional diário de ida e volta, semelhante ao movimento do pêndulo de um relógio.

Para finalizar o percurso 6, destacamos também a questão dos emigrantes brasileiros. Na década de 1970, o governo do Paraguai autorizou o loteamento de terras próximas à fronteira com o Brasil. Em 1980, devido à uma crise na economia brasileira, marcada pela elevada taxa de desemprego e pelo aumento persistente dos preços, vários brasileiros saíram para outros países.

Referência bibliográfica: ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições geográficas: 3. ed. São Paulo: Editora Moderna.